Fontes para a História Contemporânea de Moçambique

Criado em: 27/02/2019 - 08:12 | Alterado em: 27/02/2019 - 13:40
exposição moçambique ael

A exposição Moçambique: independência e nação no acervo do AEL será aberta ao público durante o seminário internacional "África, Margens e Oceanos: Perspectivas de História Social", ficando em exibição no Arquivo Edgard Leuenroth até 28 de julho. Depois, entre 1º de agosto e 10 de setembro, poderá ser visitada na Biblioteca Octávio Ianni (no IFCH). No dia 13 de março, às 17:30h, no Auditório I do IFCH haverá uma apresentação da exposição.

A exposição promove a divulgação de preciosas fontes da história contemporânea de Moçambique depositadas no AEL. No conjunto destacam-se dois fundos: Luis Carlos Prestes e Teatro Oficina. O primeiro inclui fontes sobre os processos de independências na África, a atuação da Frente Nacional de Libertação de Moçambique (FRELIMO), movimentos sociais, projetos culturais etc. - alguns dos quais ainda hoje de acesso restrito em arquivos africanos. O segundo abriga vários documentos sobre o projeto Cinemação, realizado em Moçambique na fase de criação do Instituto Nacional de Cinema (INC), além de cópias e registros da produção do filme de longa-metragem “25”, resultante da parceria entre o INC e o grupo Oficina. Filmado em Maputo, retrata a “Festa da Independência de Moçambique”, proclamada no dia 25 de Junho de 1975.

Para acompanhar a exposição, Alexandre Reis, Amanda Palomo Alves, Matheus Serva Pereira e Mateus Berger Kuschick  elaboraram uma playlist no aplicativo Spotify intitulada "História da África no AEL". Os pesquisadores (três historiadores e um etnomusicólogo) exploraram o acervo existente no Spotify e produziram uma curadoria com base em suas experiências no campo da investigação sobre a relação entre cultura, sociedade, transformações políticas e música em São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Angola e Moçambique, durante o período em que foram colonizados por Portugal e nos contextos pós-coloniais. O Brasil não ficou de fora. Aproveitou-se o ensejo para apresentar canções representativas das trocas e conexões entre artistas brasileiros e dos países africanos listados durante os anos de 1970-2010. A playlist não esgota os exemplos de canções, ritmos, músicas, artistas, que representam as criatividades sonoras desses países. Realizou-se apenas uma amostra da riqueza e pluralidade da música contemporânea são tomenses, cabo-verdiana, guineense, angolana e moçambicana.
Você pode escutar essa playlist aqui.

Não perca!