Sidney Chalhoub fala sobre a atualidade do romance “Fantina: cenas da escravidão”

Criado em: 09/10/2019 - 16:55 | Alterado em: 11/10/2019 - 17:11

O romance “Fantina: cenas da escravidão”, de F. C. Duarte Badaró, publicado pela primeira vez em 1881, não apenas retrata usos e costumes do passado. Diz muito sobre o Brasil atual, em que diversas questões civilizatórias colocadas pela luta contra a escravidão estão novamente em pauta, em pleno século XXI.

No posfácio a esta nova edição da Editora Chão, o historiador Sidney Chalhoub (Harvard/Unicamp), analisa o papel fundamental que a literatura desempenhou no movimento abolicionista brasileiro. Compara “Fantina” a outros romances da época, como “A escrava Isaura”, “Ursula” e “A cabana do pai Tomás”, e mostra a naturalização do abuso sexual dos senhores sobre suas escravas, para o qual a lei não previa nenhuma punição. Afirma Chalhoub: “Então e agora, mentes e corpos de mulheres negras movem estruturas e despertam reações contrárias violentas. Ao mesmo tempo, exigem de todos nós a ousadia de imaginar e realizar um outro futuro em liberdade”.

“Fantina: cenas da escravidão” já está à venda. 

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