Artigo enfoca a trajetória dos fundadores do Terreiro do Gantois

Criado em: 15/08/2017 - 15:53 | Alterado em: 15/08/2017 - 16:54

A Revista de História da Universidade de São Paulo (USP) publicou o artigo O terreiro do Gantois: redes sociais e etnografia histórica no século XIX, de Lisa Earl Castillo, pós-doutoranda do Cecult/Departamento de História da Unicamp. No artigo, ela aborda as as trajetórias de vida da egbá liberta Maria Julia da Conceição e seu marido, o jeje-mahi Francisco Nazareth de Etra, fundadores do Terreiro do Gantois, em Salvador, um dos mais antigos do candomblé da Bahia. 

O terreiro é comentado nos estudos afro-brasileiros desde os tempos de Nina Rodrigues e reconhecido como patrimônio histórico do Brasil desde 2002. Mas pouco se sabe sobre seus primeiros tempos, além de tradições orais sobre o envolvimento da fundadora no legendário Candomblé da Barroquinha. 

No artigo, a historiadora cruza dados das tradições orais com pesquisa documental e etnográfica, reconstruindoas histórias de vida da fundadora, Maria Júlia e Francisco. O texto ainda traz novas reflexões sobre a antiga relação entre o Gantois e o Ilê Axé Iyá Nassô Oká (Casa Branca), sugerindo uma nova cronologia para a cisão entre as duas comunidades.