A dissertação de Dayana Façanha explora a relação entre o romance O Tronco do Ipê  e a experiência política de José de Alencar como deputado e ministro da Justiça. Como a obra foi publicada no início de 1871, a pesquisa analisou a experiência parlamentar que precedeu a produção do romance, ao longo do anos de 1870 e as discussões em torno da exoneração de José de Alencar do cargo de ministro da Justiça. Paralelamente, o romance, que contém uma crítica à política imperial, foi estudado em seu veículo original de publicação, as páginas do Jornal do Commercio - metodologia que permite acompanhar os debates e a repercussão na imprensa.

O resultado é um exercício instigante que articula História e Literatura, permitindo não apenas formular hipóteses sobre o surgimento do pseudônimo Sênio, usado por Alencar nessa publicação, como compreender os nexos entre o romance de Alencar, os debates em torno da emancipação escrava no início da década de 1870, e o sentido político da representação da escravidão e das personagens escravas em O tronco do ipê.

Defendida em 17 de novembro de 2014, o texto integral da dissertação, intitulada Política e escravidão em O tronco do ipê, de José de Alencar: o surgimento de Sênio e os debates em torno da emancipação, 1870-1871, estará em breve disponível na Biblioteca Digital da Unicamp.