Historiadores debatem desafios da produção de livros digitais

Criado em: 01/08/2017 - 16:24 | Alterado em: 20/08/2017 - 23:34

A difusão de pesquisas na área da história social e da cultura no mundo digital foi o tema a mesa redonda História para ler, ver e ouvir. Os desafios da difusão do conhecimento no mundo contemporâneo, realizada no XXIX simpósio Nacional de História da Associação Nacional de História (Anpuh), em Brasília no final de julho.

A mesa, realizada no dia 27, contou com a participação dos historiadores Marcelo Balaban, Maria Clementina Pereira Cunha e Martha Abreu, autores de livros que integram a coleção Históri@ Illustrada, da Editora da Unicamp, composta exclusivamente por ebooks. A atividade foi coordenada por Silvia Hunold Lara,  reponsável pela coleção HIstóri@ Illustrada. 

Diferentemente dos livros em papel, os ebooks permitem que o leitor tenha acesso direto às fontes usadas nas pesquisas que resultaram nos livros - por exemplo, fotografias, músicas e obras de arte. Os livros da coleção Históri@ Illustrada são produzidos em formato epub, que possibilita acesso às fontes audiovisuais por meio de links externos ou embutidos no próprio livro. 

Dois livros já foram lançados: “Não tá sopa": sambas e sambistas no Rio de Janeiro, de Maria Clementina Pereira Cunha, e  Estilo moderno: humor, literatura e publicidade em Bastos Tigre, de Marcelo Balaban.  O terceiro volume, Da senzala ao palco: canções escravas e racismo nas Américas (1870-1930), de Martha Abreu, será lançado no segundo semestre.

 O site Café História publicou uma reportagem sobre a mesa redonda, enfocando um dos desafios inerentes aos livros digitais: a necessidade de se repensar a narrativa do texto de forma a integrar as fontes não textuais à leitura, disponibilizadas em acesso livre.

Os autores dos livros enfatizaram, na reportagem, as especificidades envolvidas na produção de um livro digital. Entre eles, atribuir um grau de importância semelhante às fontes mais completas e não só os fragmentos que destacamos na nossa análise como autores, como afirmou Balaban, ou a possibilidade quase ilimitada de usar imagens, segundo Martha Abreu.