A historiadora Glaucia Fraccaro concedeu entrevista à revista da Fapesp, em reportagem intitulada Do chão de fábrica do plenário, que enfoca pesquisas recentes sobre os impactos da luta feminista por direitos da mulher e igualdade no cenário político brasileiro. 

Na reportagem, a pesquisadora, que é autora da tese “Os direitos das mulheres: Organização social e legislação trabalhista no entreguerras brasileiro (1917-1937)”, defendida no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp, chama a atenção para o papel das mulheres trabalhadoras e sua influência indireta sobre líderes e organizações feministas nos anos 1930. Em sua pesquisa, ela analisa o protagonismo das operárias na greve que parou São Paulo em 1917 como uma das raízes da atuação feminina organizada em busca de direitos. Contrapõe-se, assim, à leitura de que os primeiros passos do feminismo no Brasil foram dados apenas por mulheres da elite econômica e intelectual.

A tese de Glaucia Fraccaro também foi tema da reportagem Tese revela luta das brasileiras por direitos civis e trabalhistas do Jornal da Unicamp.